PRESERVAR O PATRIMÔNIO É PRESERVAR NOSSA PRÓPRIA IDENTIDADE

"Reside nos vastos Palácios da Memória (...) inúmeros tesouros trazidos pela percepção". As confissões de Santo Agostinho

A Preservação do Patrimônio considera não somente os valores artísticos e históricos-documentais, todos os bens são testemunhos significativos da ação humana e suportes da memória coletiva da sociedade.

As leis e Órgãos de patrimônio somente cuidam dos bens protegidos por lei, atos administrativos ou decisão judicial. Os bens culturais são bens móveis e imóveis no qual a sociedade agrega seus próprios valores através de “três necessidades básicas humanas”: MEMÓRIA, REFERÊNCIA E FRUIÇÃO.

Se um simples objeto é definido “como tudo que se oferece aos nossos sentidos e à nossa alma” (fonte: dicionário Michaelis on line), um Edifício ou um Monumento, desde a sua concepção e durante seu tempo de existência, carrega e acumula valores, emoções, lembranças e sentimentos de um único indivíduo ou de grupo social.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Prefeitura cria Área de Especial Interesse Ambiental do Grajaú

 


21/02/2014 12:17:00


A Prefeitura do Rio criou a Área de Especial Interesse Ambiental do Grajaú (AEIA). O reconhecimento demonstra a preocupação do poder público em manter os valores culturais, paisagísticos e arquitetônicos do bairro, que completa 100 anos no mês de agosto. O decreto da criação da AEIA foi publicado, nesta sexta-feira (21/02), no Diário Oficial do Município.

- Este é um reconhecimento de que o Grajaú tem grande importância para a história do Rio de Janeiro. É um bairro, quase centenário, que precisa ser preservado e protegido, tanto no aspecto urbano, cultural e ambiental - explicou o  presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo.

A AEIA foi criada devido à qualidade paisagística do bairro e do ambiente urbano construído e à presença de bens culturais existentes e que constituem valioso testemunho das várias transformações ocorridas no local. Outro ponto levado em consideração foi o recente processo de adensamento da região, que leva riscos à manutenção da qualidade ambiental, à paisagem urbana e à qualidade de vida.

Com a criação da AEIA, o IRPH coordenará estudos com objetivo de determinar os meios de proteção para o ambiente urbano construído e natural da nova AEIA no Grajaú. Representantes das Secretarias Municipais de Urbanismo e de Meio Ambiente também estarão neste grupo de trabalho.

 - O estudo apontará como será feita a proteção no bairro. Acredito ser um primeiro passo para a criação de uma Área de Proteção do Ambiente Cultural, que vai proteger o bairro do ponto de vista urbano e arquitetônico. Mas também poderemos preservá-lo do ponto de vista paisagístico e ambiental. O estudo apontará a melhor forma - disse Fajardo.

A partir do decreto, ficam suspensos, pelo período de 180 dias, o licenciamento de demolição, construção, acréscimo ou modificação, reforma, transformação de uso, parcelamento do solo ou abertura de logradouro na região.

A Prefeitura do Rio também está preocupada em proteger a região que fica próxima ao Maciço da Tijuca – área pertencente à Zona de Amortecimento do sítio da cidade declarado patrimônio da humanidade, na categoria paisagem cultural urbana pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).